Somos, criamos, nascemos e fazemos todos parte de uma história qualquer, que um dia alguém se lembrará de contar, nem que seja o vizinho do lado...
sábado, novembro 26, 2005
Ernesto Saraiva volta a ouvir a voz de Laura
E comecei...e nunca tinha sido tão honesto com outra pessoa como fui sempre com ela...Laura...
quarta-feira, novembro 16, 2005
Cartas de Luana para Alguém Inconfessado
domingo, novembro 13, 2005
Joana....
Joana: acho bem ja agora onde vamos?
Inês: podiamos ir ao cinema, que dizes?
Joana: Boa! com a mae ja ha muito tempo que nao vamos que
ela agora anda mais ocupada com as aulas
Ines: Bora la entao, vamo-nos divertir vais ver
....
Margarida: Ola Inês, venho buscar a Joana
Inês: ela esta ali entretida no meu computador mas vou chamá-la, entre
e esteja a vontade.
Joana: olha mae fomos as duas ao cimena, fomos lanchar e gostei muito
posso repetir outra vez?
Margarida: entao Joana, nao podes estar sempre a chatear a Inês
Inês: nao chateia nada, ela porta-se muito bem e e mim tambem me faz bem
a companhia, eu adoro crianças!
Margarida: ok, entao numa proxima vez combinam outra saida as duas
muito obrigada por me ter ficado com ela
Inês: nao tem de que, se precisar é so dizer, desde que eu possa nao ha
qualquer problema, nos as suas entendemo-nos muito bem
Joana: xau Inês
Inês: xau Joana, dorme bem
Margarida: boa noite Inês.
...
calço as pantufas, depois dum banho de imersao relaxante e penso o quanto soube
bem ter estado com a Joana!
Adoptar uma criança...tantas por ai abandonadas e eu adoro crianças, porque nao?
vou informar-me e saber a nivel legal o necessario para o fazer.
sábado, novembro 05, 2005
Com o psicologo: Rita fala. João confessa-se
CInco meses de gravidez. Cinco meses de altos e baixos com o João. Cinco meses de cumplicidades entre mãe e filho. Cinco meses de tristezas e alegrias. Cinco meses em que eu, Rita Faria, construi uma nova mulher.
Tenho vivido com o João, como dantes, como sempre, somos companheiros de casa e partilhamos uma alegria o nosso filho...sim é um rapaz, e já ando toda contente a espalhar aqui pelo prédio. O Mário já não mora aqui, as razões já todos sabem ou desconfiam, mas ontem fui ´beber um chã com ele à "nossa" confeitaria do costume, pareceu-me bem, mais leve...
Não tenho visto muito os vizinhos, a verdade é que tenho estado muito tempo metida em casa, ora por estar a trabalhar no computador, ora por estar com enjoos (pois ainda não pararam). Não sei bem como andam as coisas por aqui, à primeira vista todos me parecem bem, pelo menos sorriem todos para mim, mas talvez seja o efeito provocado por uma grávida.
o João apareceu-me ontem com um berço, tínhamos combinado compra-lo juntos, mas ele não resitiu quando passou na montra e viu aquele, parece tirado de um filme, já estou a imaginar o meu miúdo ali, debaixo dos lençõis brancos (todos com monograma em azul) e eu a embala-lo...ai...ainda faltam quatro meses "paciência Rita, paciência"....
João:
estou ansioso por ser pai!!! Por ter o meu filho nos braços. Ando todo atarefado entre o hospital, as compras paar o bebe, as conversas com a barriga da Rita, os chãs com a Rita... "Nota: temos que decidir o nome da criança!"...
Mas há algo pior que me tem vindo a atormentar... nem sei muito bem como dizer isto... é estranho e não é... Não é a primeira vez que penso nisto... O que eu quero dizer é que... há uma pessoa lá no hospital por quem me sinto atraído... (Normal eu sei!) Falamos muito, almoçamos juntos... Acho que sei o que é! O que me preocupa é como dizer à Rita... Dr... eu acho que sou Gay!
quarta-feira, novembro 02, 2005
Tinha de voltar...
Posso tentar arranjar as desculpas que quizer, posso dizer que tento fugir do meu passado que teima em me perseguir...mas a verdade é que fujo apenas e só de mim....aqui a única pessoa que não se consegue separar do passado sou eu...
Aprendi a viver numa realidade que é só minha, esta ansia de ser amada é muito superior ao considerado normal, aprendi a fechar os olhos enquanto vendia o meu corpo e a imaginar que quem me tomava nos braços me amava, que quem passava a boca no meu corpo e me agarrava com força me iria sempre proteger.
Fugi de casa, fiquei uns tempos em casa da minha irmã com a desculpa de que estava mais próxima do trabalho. Quando a verdade é que me continuavam a bater á porta para me comprarem umas horas de prazer e que eu mesmo dzendo que me iria deixar disso me deixava comprar, não pelo dinheiro mas pela história que eu inventava enquanto partilhava a minha cama.
Mudei tudo, mudei hábitos, mudei de telefone, mudei de maneira de vestir e pentear, mudei de cor de cabelo, de uma maneira desesperada tentei apagar a Maria que queria partir.
Hoje voltei...tinha saudades da minha casa, agora o tempo começa a ser de inverno, chove quase todos os dias e as noites são bem mais longas...tinha saudades...
Deixei morrer as plantas, chorei por isso, sentada no chão da sala tentei perceber se a partir de hoje iria ter coragem para deixar morrer o meu passado e toda a gente que fez parte dele...
Ao fundo a música de um apartamento qualquer...deixei-me embalar naquele som abafado...